![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKhhUyWLphCckunzc37m-cOaAffZJGAq72zbuc24Hi_EUsqx_-Lwf09j20JsojAZraXrB433Gd6ikaiN7uclXxg2syv3I96_7K1nCZ9WyUsc0lca2aFI5U0QtSS13kCdyjsMRbCA/s400/Olhos+-+FATAL+INDIFEREN%25C3%2587A.jpeg)
Um dia, um pai de família rica e grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.
O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía: o status, o prestígio social; o pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.
Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo...
Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E aí, filho, como foi a viagem para você?
- Muito boa papai!
- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?
- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que você aprendeu com tudo o que viu naquele lugar tão paupérrimo?
O menino respondeu:
- É papai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro.
- Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim.
- Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.
- Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha.
- Nós temos alguns canários em uma gaiola, eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!
O filho suspirou e continuou:
- E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, do dólar, de eventos sociais. Daí comemos, empurramos o prato e pronto!
No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos à televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós.
Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado.
O filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nós somos pobres!
MORAL DA HISTÓRIA:
'Felizes os Olhos que sabem ver!'
Não é o que você tem, onde está ou o que faz que irá determinar a sua felicidade; mas o que você pensa sobre isto! Tudo o que você tem, depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza.
Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade, tem atitudes positivas e partilha com benevolência suas coisas, então... Você tem tudo!
Anna D'Castro Recolhendo mais uma Farpa da Vida