quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

DISTÂNCIA

Ponte sobre o Rio Tejo - Lisboa
Cristo-Rei - Almada

Assim como uma estrada, a vida que vivemos também apresenta curvas, atalhos, pontes, partes difíceis de atravessar, partes serenas e prazerosas...

Também existem em nosso caminho o que poderíamos comparar aos postos de atendimento: pessoas que nos ajudam nos momentos de dificuldades nessa estrada. Pessoas que abastecem nosso coração com a força que nos empurra para a frente, pessoas que estabelecem conosco a troca que nos equilibra...
Cada vez que precisamos dar uma paradinha, percebemos que já caminhamos muito. Que pessoas importantes (aquelas que cativaram verdadeiramente nosso coração) ficaram lá para trás.


Algumas estão geograficamente tão distantes, que não vislumbramos a menor possibilidade em revê-las. Pessoas que passaram por essa nossa estrada e deixaram um pouco do que elas são, nos transformando... e levaram um pouco do que nós somos, sendo transformadas também...

Pessoas que, num breve fechar de olhos, podemos enxergar o brilho autêntico de seus próprios olhos.
Notamos também, que nos distanciamos muito de lugares que marcaram bons momentos de nossa caminhada pela vida. Lugares que ficaram com o som, com a luz, com o calor, com o cheiro e com a fantasia de um passado eternamente vivo em nossas lembranças...
Nesse momento respiramos profundamente e olhamos para a frente: a estrada continua. Muito temos ainda a caminhar. Muito temos a desfrutar da beleza que é viver! Muito temos a saborear das delícias em ousar e conhecer.
Olhamos para os lados: não estamos sozinhos!
Muitas pessoas também especiais estendem suas mãos para que caminhemos juntos até o momento de um cruzamento que as leve em outra direção que as estradas da vida costumam levar. Aceitemos os desafios! Vamos juntos até onde a vida nos levar. Afinal, esse pode ser um rico momento guardado em nossas lembranças ,quando estivermos muito distantes, na próxima parada!
Nossa prática durante essa semana será observarmos atentamente quem está ao nosso lado nessa estrada pela vida. Tornarmos a distância entre nós cada vez mais curta.
Nos aproximarmos realmente. Participarmos... Compartilharmos...
Já estendemos nossas mãos? Então, o que estamos esperando?



Anna recolheu esta farpa da Distância - www.valever.com

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

(DES)HUMANIDADES... PARA BOI DORMIR! OU MISTÉRIOS DE PANDORA!


CONSTATANDO...

Há uns anos, li uma matéria num jornal, sobre uma cidade pequena da Europa, no interior de Inglaterra, creio, onde fizeram a experiência de tirar as televisões de todas as casas, a fim de saber como as pessoas se comportariam sem o aturdimento diário do alienante 'instrumento'. Nos primeiros dias, algumas delas começaram a pegar livros na biblioteca local, ouvir música, ir mais ao cinema, contar histórias, conversar... Mas depois de algum tempo, não muito longo, as famílias começaram a se entediar. Um já não podia olhar mais para a cara do outro. Daí que surgiram os desentendimentos, as discussões, etc, etc, etc...

- O mundo inteiro entra dentro da sua casa, é impressionante, e ninguém se dá conta. -

Quando perdemos um hábito ou uma rotina, ficamos perdidos...
Aí é que dá mesmo pra entender o papel da TV nas nossas vidas... é algo que entorpece.
Sem televisão, a cabeça fica lotada de pensamentos que já não estamos habituados a ter e por mais desagradável que a alguns possa parecer, se não fosse 'ela' muitos casamentos se tornariam entediosos e talvez não sobrevivessem.
Não é por acaso que quando há famílias muito numerosas - e normalmente são na classe mais desfavorecida - se diz que não deveriam ter TV... (ironia).... Daí se chegue a constatação de um fato: ou seja, que por vezes 'entorpecer' pode ser bom... tudo vai do ponto de vista.

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MODAS OU MANIAS

De um outro ponto de vista é a 'mania' ou Moda que está correndo por estre Rio afora e que transforma Centros Culturais em armazéns de vinhos ou depósitos de supermercados... que triste.
No Centro da Cidade e no Jardim Botânico essa 'moda' pegou em grande estilo, infelizmente...
Mais outra 'moda' é essa dos patrocínios. Faltam os patrocínios para a cultura e encerram as portas dos Centros Culturais.

Há uns anos atrás, eram os cinemas que "viravam" igrejas de variadas 'neo' religiões... Uma triste MODA, que por ora, parou, felizmente...
Mas agora é a 'moda' - muito boa por sinal - de eventos poéticos e teatrais se difundirem em Livrarias e Restaurantes, e lotam esses lugares, mas melhor estariam nos espaços culturais, que são para esse efeito e que têm encerrado as portas para os ditos cujos armazéns e depósitos...
Ora, ora senhores empresários, que só pensam em rechear seus bolsos de 'grana' para seu belo prazer e disfrute e não se quedam um pouco para o desenvolvimento intelectual necessário ao crescimento deste jardim à Beira-mar plantado...

Vamos lá "desatarem um pouco mais os cordões à bolsa"....
- é por os umbigos serem maiores que a cultura e por outras, que o crime organizado avança cada vez mais e o pobre coitado e sofrido povo, faz seus derradeiros apelos nos postes de iluminação pública:
"- POR FAVOR NÃO MATEM AS PESSOAS!"

Triste final de ano de 2006....

..."mendigos de amor, vivem em Prisão de Palavras...
com suas Grades de Espanto!"...

by@ Anna D'Castro recolhendo as Farpas de mais um ano